segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Perfume "O Filme"

Jean-Baptiste Grenouille (Ben Whishaw) nasceu com o olfato mais apurado do mundo. Por isso, encontrou uma prolífica - porém nada reconhecida - carreira como criador de perfumes. No entanto, sua constante busca pelo aroma perfeito o leva a caminhos perigosos.

Elenco:
Ben Whishaw
Dustin Hoffman
Alan Rickman
Rachel Hurd-Wood
Andrés Herrera
Simon Chandler
David Calder
Richard Felix
John Hurt


Direção:
Tom Tykwer
Produção:
Bernd Eichinger
Fotografia:
Frank Griebe
Trilha Sonora:
Reinhold Heil
Johnny Klimek
Tom Tykwer

Com um orçamento estimado em € 50 milhões (algo em torno de US$ 65 milhões), Perfume – A História de um Assassino é a produção alemã mais cara da história, até o momento. Na verdade, trata-se de uma co-produção que envolveu não apenas Alemanha, como também França e Espanha, com belíssimas locações em Barcelona, Munique, Grasse e outras localidades de encher os olhos.
O filme era dos mais esperados, em primeiro lugar pelo sucesso do livro que o originou, traduzido para 45 idiomas, e que vendeu mais de 15 milhões de cópias em todo o mundo. E em segundo lugar, pela insistente resistência que o seu autor, o excêntrico e recluso alemão Patrick Süskind, ofereceu durante anos contra todos os cineastas que se dispuseram a comprar os direitos autorais do livro. Tanto que a obra foi publicada em 1985 e os direitos só foram comercializados em 2001.

Valeu esperar? Nem tanto. A direção do também alemão Tom Twyker (consagrado por Corra, Lola, Corra) optou por conferir ao filme uma estilização visual exagerada, criando uma estética excessivamente publicitária. Os maneirismos de montagem e efeitos chegam a ser cansativos, tamanha a quantidade de câmeras lentas, tomadas rápidas, travellings neuróticos, ângulos supostamente inusitados e outros penduricalhos visuais que mais atrapalham que ajudam a narrativa. Mesmo considerando que a direção de arte e a fotografia são belíssimas. O roteiro também deixa a desejar, usando e abusando da narração oral (feita por John Hurt), impedindo que o filme rompa com a linguagem verbal do livro que o originou e ganhe personalidade cinematográfica própria.
E para quem não foi um dos compradores dos 45 milhões de exemplares do livro, vale dizer que a história, ambientada no século 18, fala de Jean-Baptiste Grenouille (o inglês Ben Whishaw), um rapaz pobre que nasceu com um olfato megadesenvolvido, capaz de diferenciar os mais diferentes tipos de odores a quilômetros de distância. Ao se apaixonar pelo cheiro de uma bela jovem e depois a matar inadvertidamente, Grenouille passa a desenvolver uma obsessão doentia pela criação de novos perfumes, transformando seu dom em paranóia assassina.

O clímax acontece quando Grenouille faz com que centenas de milhares de pessoas que vieram assistir à sua execução entrem em transe com seu perfume -- uma cena que, segundo alguns críticos, remete a um comício nazista."Essa foi a cena mais difícil", disse Tykwer, que também dirigiu "Corra, Lola, Corra"."Como fazer para mostrar centenas de milhares de pessoas que odeiam esse homem e se reuniram para vê-lo ser executado de repente mudando de idéia?"

O que ninguém até o momento falou ou escreveu, (quem sabe por falta de conhecimento), é o fato do filme tratar de um a substância capaz de produzir aqueles efeitos que para muitos é tão somente produzida pelo aroma do perfume criado por Jean-Baptiste. Falo dos feromônios.
Hoje, é um assunto de conhecimento de todos que se dedicam a esse assunto, mas por outro lado, é um assunto que vem desde do início dos anos 1900. Portanto, deveria ser relatado no filme só não se sabe o porque não foi. É sabido que o “ANDROSTENONE”, “ANDROSTERONE”, “ANDROSTENOL” entre outros, são hormônios sintéticos capazes de alterar o comportamento do ser humano, deixando-o mais respeitado, amável e acima de tudo deixando o usuário desses produtos mais intimidade, pois aumenta em muito o Alpha Macho do ser. Nota-se que depois que Jean espalha o cheiro de seu perfume na multidão que pouco tempo atrás queriam mata-lo, essas pessoas parecem entrarem em estado de delírio e erotismo.

Quando se pensava que o pai da última mulher assassinada fosse ser o executor de Jean, esse caiu aos pés de Jean e pede desculpas. Esse fato é explicado, pois o feromônios de sua própria filha está no perfume, assim como na cena em que o pequeno cachorrinho de uma outra mulher assassinada por ele ao perceber a gota de perfume que escorre em suas mãos, vai direto lamber suas mãos, eis que sentiu ali, o feromônio de sua antiga dona.

Vale a pena ver o filme sob esse aspecto e para aqueles que já assistiram revejam nessa nova versão dos fatos que, quem sabem, nem mesmo os próprios autores se deram por conta.